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(Ainda) procuram-se motoristas de caminhão

ASCM CEO

Friday April 7, 2017


Para onde quer que você olhe, a automação está substituindo os trabalhadores: de mercados e bancos a chãos de fábrica. Veículos autônomos parecem estar prestes a tirar os caminhoneiros da estrada, mas investigadores da Brookings Institution questionam que as estatísticas não apoiam esse raciocínio, de acordo com o artigo publicado em 21 de março, “Automated Trucking's Rapid Rise Overlooks the Need for Skilled Labor” (Rápido aumento de caminhões autônomos ignora a necessidade de mão de obra qualificada) 

“Além das inúmeras barreiras regulamentares e logísticas que os caminhões autônomos ainda precisam atender, a generalização do trabalho qualificado realizado por milhões de caminhoneiros e seus colegas ignora como esse setor funciona”, escreve Joseph Kane, analista de pesquisa sênior e professor associado da Brookings, e Adie Tomer, professor da Brookings. Eles sugerem que a atenção que a tecnologia vem recebendo está sendo superenfatizada, enquanto questões complexas de mão de obra estão sendo muito simplificadas.

Primeiro, existem vários tipos de motoristas de caminhão, como os caminhoneiros de longa distância e os que fazem entregas locais. Depois, o trabalho dos motoristas inclui a inspeção de cargas, o reparo de equipamentos, o monitoramento de entregas e outras tarefas além de dirigir.

Kane e Tomer recorrem a informações do banco de dados O*NET, do Ministério do Trabalho dos EUA, que guarda descrições detalhadas do trabalho de um caminhoneiro. O banco classifica as profissões em seus níveis de automação em uma escala de 0 (sem automação) a 100 (automação total). A classificação média para todas as profissões é de 29,6. A direção de caminhão articulado está em 22, e direção para entregas em 24. Vamos comparar esses números com os de outras profissões conhecidas: auxiliar de escritório, 32, caixa de banco, 37, e recepcionista, 47.

Apesar dos números de automação para caminhoneiros, os caminhões ainda podem vir a circular em estradas sem motoristas. Mas Kane e Tomer sugerem que novos e complementares postos de trabalho acompanharão os caminhões sem motorista. “Apesar de ser difícil prever quais cargos serão necessários, é possível que novos tipos de transportadores e inspetores de materiais possam surgir em importantes setores de remessa, ou pode inclusive aparecer uma nova forma de trabalho de reparo de caminhões de plantão”, escrevem. “Ao mesmo tempo, lojistas locais, de restaurantes a lojas de roupas, podem precisar pagar horas extras para que os funcionários descarreguem os caminhões.”

Mesmo agora, os caminhoneiros respondem apenas por 60% dos 1,5 milhão de trabalhadores no setor. Outros trabalhos incluem mecânicos de caminhão e agentes de carga, trabalhos que provavelmente não serão automatizados tão cedo.

“Desta forma, mesmo que caminhões autônomos possam alterar a remessa real de bens, essas tecnologias provavelmente não vão tomar o lugar das diversas atividades de trabalho técnico, financeiro e logístico em apoio a esse movimento”, escrevem Kane e Tomer. “Em vez de atenuar os possíveis impactos à mão de obra, formuladores de políticas, empregadores, educadores e outros participantes devem monitorar de perto esses avanços ao longo do tempo e vinculá-los a esforços de desenvolvimento da força de trabalho pertinentes.”

Planejando para o futuro

Vamos parar de dar destaque especificamente ao transporte por caminhão e considerar o cenário mais amplo. Gerenciamento de transporte é definido, no Dicionário APICS, 15ª edição, como, “O processo de realizar requisitos para o planejamento, a programação e o orçamento de ativos e serviços de transporte, bem como sistemas associados do processo de remessa por entrega.”

O gerenciamento de transporte é a área em que Kane e Tomer preveem a continuidade das necessidades de mão de obra. Da mesma forma, o transporte por caminhão pode mudar per se, mas o setor provavelmente ainda precisará de operadores. Na próxima edição de maio/junho da revista APICS, a editora-associada Jennifer Storelli analisará o futuro da distribuição, abordando os caminhões autônomos. Ela destaca pesquisas e entrevistas que demonstram que a tecnologia de direção autônoma provavelmente não substituirá completamente os motoristas humanos, e sim permitirá que realizem outras tarefas em segurança enquanto estiverem na cabine. Incorporar aspectos de alta tecnologia também pode fazer com que a profissão seja mais atrativa para motoristas mais jovens, preenchendo a lacuna de talento do setor.

Para saber mais sobre caminhões autônomos, drones e hyperloops, e suas influências na logística, fique de olho na edição de maio/junho da revista APICS na sua caixa de correio ou online em apics.org/magazine, em meados de maio. Para se preparar para o futuro da profissão, considere obter sua credencial certificada da APICS em logística, transporte e distribuição. Acesse apics.org/cltd para saber mais.




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