Há apenas uma semana, o mundo recebeu a notícia de que os cidadãos do Reino Unido (RU) votaram pela saída da União Europeia (UE) por uma pequena margem de 4 pontos percentuais. Agora, depois de meses de especulação sobre se o Brexit poderia ou não se tornar uma realidade, o mundo dos negócios está prevendo como o Brexit afetará o comércio global. Logo após o anúncio da votação pelo Brexit, o Wall Street Journal publicou uma reportagem sobre como este movimento político influenciará a cadeia de suprimentos europeia.

As Sete Maravilhas do Mundo incluem A Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, o Templo de Ártemis, em Éfeso, na Turquia, e os Jardins Suspensos da Babilônia, no Iraque. O mundo moderno tem suas próprias maravilhas. De acordo com a Associação Americana de Engenheiros Civis, o Canal do Panamá é uma delas. Sua expansão foi inaugurada no dia 26 de junho e The Wall Street Journal informa que essa melhoria é essencial para o comércio ocidental em termos econômicos no longo prazo. O canal acomoda cerca de um terço do comércio entre a Ásia e as Américas, mas precisava de atualizações de infraestrutura para acompanhar as últimas tendências de transporte.

Tive muitas conversas recentemente sobre o mesmo tema: a cadeia de suprimentos e a indústria oferecem ótimas oportunidades de carreira. Mas como atraímos mais pessoas para essas áreas? Nós da APICS não estamos sozinhos nessa busca. Sei que essa discussão está ocorrendo em muitas associações diferentes de funcionários, fornecedores e filiados. Atualmente, o tema atrai a atenção da grande mídia. Na semana passada, The Wall Street Journal publicou o artigo "Como os fabricantes estão recrutando a geração do milênio".

Aquecedores de água, volantes de automóveis e ervilhas congeladas: esses itens aparentemente diferentes têm o recall em comum. E, de acordo com The Seattle Times, eles são apenas alguns exemplos dos milhares de recalls que os fabricantes fizeram no ano passado. "O dilúvio não dá mostras de diminuir", escreve Stacy Cowley. "Em praticamente todas as categorias de produtos, o âmbito e a complexidade dos recalls estão aumentando."

A impressão em 3D já começou a agitar os campos da engenharia, design e manufatura e agora ela pode remodelar também a indústria de distribuição. Dois desenvolvimentos importantes no mês passado estão mudando a forma como os produtos são produzidos e enviados aos clientes, condensando, potencialmente, toda a cadeia de suprimentos, de acordo com Trucks.com.

A manchete "Como a Coty revigorou sua cadeia de fornecimento" me incentivou a ler com grande interesse o artigo da semana passada na Harvard Business Review. A Coty é uma empresa global de beleza, e seu portfólio de fragrâncias e cosméticos de coloração inclui marcas bem conhecidas, como Balenciaga, Calvin Klein, Nautica, Sally Hansen e outras.

Confiança e relações positivas com os fornecedores levam a mais do que boa vontade geral para as montadoras. De acordo com o presidente da Planning Perspectives, John W. Henke Jr., isso pode significar ganhar a tecnologia mais nova e os projetos mais inovadores de um fornecedor, além de obter os melhores preços. Nesta semana, o The Detroit News destacou os resultados do estudo de 2016 sobre compradores e fornecedores dos fabricantes de equipamentos originais (OEM) de automóveis da América do Norte, realizado pela Planning Perspectives.

Tomadores de decisão da empresa que dependem de ferrovias para enviar suas mercadorias estão descobrindo que os preços estão aumentando, embora o volume de mercadorias esteja diminuindo. A Bloomberg informou na semana passada que todas as principais ferrovias norte-americanas aumentaram os preços no início de 2016, mas o frete é o mais baixo desde 2009.

Parece piada: O que você ganha quando combina identificação por rádio frequência (radio frequency identification, RFID) com big data? Para Johnson Controls, um fabricante de autopeças, essa combinação vencedora permite à empresa comprar menos contêineres de USD 150 e racks de USD 1.500. Na semana passada, o The Wall Street Journal destacou como a empresa está trabalhando para impedir que suas caras caixas e racks desapareçam.

Três anos já se passaram desde que ocorreu o desastre de Rana Plaza em Bangladesh, em que o desabamento de um edifício de oito andares matou 1.135 trabalhadores do setor de vestuário. A tragédia pressionou líderes de empresas a buscarem mais transparência em suas cadeias de suprimentos e levou os consumidores a pensarem sobre o local de origem de seus produtos e na própria definição de cadeia de suprimentos. Nesta semana, a Reuters perguntou em sua manchete: “Algo mudou três anos depois do desastre de Rana Plaza?”.

A transparência na cadeia de suprimentos está se tornando mais importante para líderes empresariais e consumidores, cada vez mais preocupados com condições de trabalho, direitos humanos e preservação ambiental. A Apple, uma empresa bem conhecida por ambos os grupos, lançou recentemente seu “Relatório 2016 de progresso da responsabilidade dos fornecedores” (“Supplier Responsibility 2016 Progress Report”), que destaca a rigorosa exigência da empresa de tecnologia por padrões de responsabilidade social corporativa. Com base no sucesso da empresa, outras devem “tomar nota e buscar formas de melhorar sua sustentabilidade na cadeia de suprimentos para se manterem competitivas”, escreve Jessica Lyons Hardcastle para a Environmental Leader.

Com seu grande vigor industrial e econômico, o setor automotivo desempenha um papel dominante nos negócios mundiais. Nesta semana, a Slate produziu um artigo que destaca como a Tesla está rompendo os paradigmas do mundo automotivo e obtendo cada vez mais sucesso.

A guerra por talentos pode estar saindo das salas de diretoria e entrando nos tribunais, de acordo com um artigo publicado na semana passada no The Wall Street Journal. A Amazon está processando um ex-funcionário, Arthur Valdez, por assumir o cargo de diretor de cadeia de suprimentos na Target. “A gigante de comércio eletrônico se unia assim a uma tendência cada vez mais comum nas cadeias de suprimento corporativas: lutar ferozmente contra a caça de executivos”, escreve Loretta Chao.

Os gestores de cadeias de suprimentos adoram previsibilidade. Infelizmente, a realidade é que o atual mercado global é “VUCA” (acrônimo em inglês para volátil, incerto, complexo e ambíguo). Empresas de todos os setores devem elaborar cuidadosamente estratégias de modo a estarem prontas para mudanças no mercado e garantir que tudo siga adiante. De acordo com Kevin O’Marah, diretor de conteúdo da SCM World, a cadeia de suprimentos de alimentos deve ter uma especial consciência dessa realidade, pois literalmente fornece o combustível que mantém as pessoas seguindo adiante. Uma empresa alimentícia em particular, a Kellogg, está adotando uma abordagem proativa e fazendo grandes avanços na direção certa, escreve o autor em um artigo publicado na Forbes.

Ao longo dos anos, conectamos muitos artigos da grande mídia à cadeia de suprimentos. Programas de televisão têm sido uma história diferente. Mas com a estreia do programa “Billion Dollar Buyer” na CNBC, executivos e o público da rede podem descobrir o que nós na APICS já sabíamos: cadeia de suprimentos é entretenimento.

Embora alguns possam considerar as restrições como limitações, outros acreditam que as restrições podem melhorar a inovação. É o que Chris Denson, diretor da Ignition Factory no Omnicom Media Group, afirma em um artigo recente na revista Forbes. “Quanto mais limitado você estiver, mais criativo você tem de ser” ele diz no artigo. “As restrições de tempo eliminam as críticas posteriores. A restrição é um unificador”.

Quem diria que quando estava desfrutando minha cerveja Oberon Ale da Bell que estava desfrutando os benefícios da sustentabilidade, assim como uma cerveja excelente. Embora a sustentabilidade possa ser apenas uma faceta da responsabilidade social corporativa para alguns, cervejeiros artesanais estão pesquisando tecnologia de sustentabilidade para resolver alguns dos desafios mais comuns do negócio deles. Para essas empresas pequenas, independentes e, algumas vezes, familiares, os esforços nesta área se tratam principalmente de encontrar soluções viáveis que economizam energia e outros recursos, com os retornos sobre o investimento sendo secundários, de acordo com MiBiz.

Finalmente, algumas boas notícias sobre estanho, tungstênio e tântalo. Estes minérios frequentemente são considerados minérios de conflito porque grupos rebeldes e facções do exército congolês na República Democrática do Congo (RDC) se beneficiam do tráfico ilegal desses materiais. Entretanto, na última semana, o The Wall Street Journal informou que exportações de minérios livres de conflito estão aumentando. Em resumo, as empresas estão comprando menos minérios conectados aos grupos de milícia na RDC.

Assim como certamente muitos de vocês, eu gosto de saborear uma barra de Snickers de vez em quando. Infelizmente, os consumidores na Europa e em partes da Ásia têm de aguardar um pouco para desfrutar desse tipo de curtição, já que a Mars, fabricante do Snickers, emitiu um recall de doces.

No início da semana, a maior empresa de transporte de contêineres do mundo, a Maersk, anunciou que teve uma receita de preços "significativamente menores" com o transporte de contêineres durante 2015 em relação a 2014, e relatou uma perda de US$ 2,5 bilhões para o quarto trimestre de 2015. As ferrovias norte-americanas também estão relatando lucros menores. O Financial Times sugere que a queda dos preços poderia ser o sinal de um estado de apatia da economia global.

Na semana passada, tive a satisfação de visitar a Urban Assembly for Global Commerce (UAGC) no bairro de Harlem, em Nova York. Fui convidado para participar como parte de uma colaboração da APICS com a SCM-STEM, uma parceria recente com a Intel, a Arizona State University, a Michigan State University e o Michigan State University, para fornecer conteúdo e suporte para programas de Ensino Fundamental e Médio que promovem a conscientização sobre carreiras na cadeia de suprimentos. (Fique atento para obter mais detalhes sobre essa parceria.)

Superficialmente, pode parecer que as cadeias de suprimentos não têm relação alguma com os tigres. No entanto, a Lumber Liquidators está aprendendo uma dura lição: comprar madeira proveniente de habitats de tigres siberianos ameaçados de extinção no sudeste da Ásia e, em seguida, alegar que a madeira veio da Alemanha é ruim para os lucros e é ilegal. No início da semana, a Bloomberg Business informou que a Lumber Liquidators pagará mais de US$ 13 milhões por seus crimes.

Este ano, a Boeing produzirá menos 747s, apelidados de "Rainha dos Céus", em comparação ao que tem ocorrido desde a introdução do avião em meados dos anos 1960. A empresa cortará a produção para seis jatos por ano, de acordo com o The Wall Street Journal. Dois fatores impõem essas reduções: o declínio contínuo do jato jumbo e a menor demanda por fretes aéreos globais.

Sorvete, pepino, salada de frango e burrito são algumas das comidas acusadas de causar doenças e morte nos Estados Unidos no ano passado. A atenção da mídia e do público em relação à segurança alimentar suscita aspectos importantes e únicos da cadeia de suprimentos dos alimentos. No início deste mês, o The Washington Post chamou atenção para o tópico "'O que podemos fazer melhor?' Tentando tornar a alimentação do país mais segura em 2016".

Se você mora nos Estados Unidos, provavelmente se lembra daquela época cruel em 2012 quando a Hostess descontinuou a produção daquelas guloseimas preferidas dos norte-americanos, como Twinkies, Cup Cakes, Ding Dongs e Ho Hos. Os principais veículos de mídia noticiaram a falência da empresa e a consequente escassez de bolos para a hora do lanche. Os consumidores causaram tumulto nas lojas e nos leilões on-line, pois acreditavam serem as últimas produções da adorada marca. Mas, a Hostess teve um "segundo ato" sob uma nova direção, e o colaborador da Forbes, Steve Banker, informa que seu novo modelo incorpora uma cadeia de suprimentos totalmente inovadora.