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Enfrentando o mercado VUCA com persistência

ASCM CEO

Friday April 1, 2016


APICS-Supply-Chain-Management-Now

Os gestores de cadeias de suprimentos adoram previsibilidade. Infelizmente, a realidade é que o atual mercado global é “VUCA” (acrônimo em inglês para volátil, incerto, complexo e ambíguo). Empresas de todos os setores devem elaborar cuidadosamente estratégias de modo a estarem prontas para mudanças no mercado e garantir que tudo siga adiante. De acordo com Kevin O’Marah, diretor de conteúdo da SCM World, a cadeia de suprimentos de alimentos deve ter uma especial consciência dessa realidade, pois literalmente fornece o combustível que mantém as pessoas seguindo adiante. Uma empresa alimentícia em particular, a Kellogg, está adotando uma abordagem proativa e fazendo grandes avanços na direção certa, escreve o autor em um artigo publicado na Forbes.

A gigante de café da manhã e lanches de Battle Creek, cidade no estado norte-americano de Michigan, está trabalhando para desenvolver agilidade em sua base de suprimentos com o objetivo de preparar-se para as mudanças no mercado, sejam elas financeiras, ambientais ou sociais. Esforços como esses são especialmente importantes no setor agrícola, já que ele emprega aproximadamente 1,3 bilhão de pessoas e alimenta a população mundial, mas é “extremamente vulnerável” as mudanças climáticas, observa O’Marah. Especificamente, a estratégia da empresa é trabalhar para dominar quatro pilares fundamentais: agricultura inteligente do ponto de vista climático, conservação de recursos naturais e climáticos, direitos humanos e reputação.

Por exemplo, nas duas primeiras categorias, a empresa está trabalhando para desenvolver sua resistência a mudanças ambientais e melhorar sua eficiência hídrica. Juntamente com o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Arroz da Tailândia, a Kellogg está desenvolvendo suprimentos de arroz resistentes à seca para seu mercado asiático. Com o objetivo de aumentar o valor para seus fornecedores, estabelecer a autenticidade dos alimentos e reforçar sua reputação – no âmbito do terceiro e quarto pilares –, a empresa atuou com 700 produtores rurais na Bolívia para cultivar quinoa orgânica, que pode ser vendida a um preço mais elevado, e permitiu que os consumidores britânicos observassem sua base agrícola de trigo. 

Também como parte desse esforço, a Kellogg está trabalhando para simplificar sua base de suprimentos de milhares de funcionários diretos de cadeia de suprimentos e 1.600 alimentos fornecidos a partir de vinte países. Esse trabalho empreendido do lado dos insumos se reflete nos resultados finais, com impactos comerciais nos pontos de vendas. Com isso, a empresa fortalece sua reputação e mantém-se atualizada quanto às demandas dos consumidores por transparência, autenticidade e cadeias de suprimentos responsáveis.

Mas o fator essencial dessa abordagem geral é que a Kellogg está atenta a tudo de um ponto de vista de valor, segundo o artigo. “Isso inclui utilizar análises preditivas de montanhas de dados para encontrar formas sensatas de obter um resultado em que todos saiam ganhando”, escreve O’Marah. “Essa abordagem funciona, por exemplo, compreendendo de que forma tendências ambientais de longo prazo (como a escassez de água e as ameaças à biodiversidade) interagem com as tendências dos consumidores (como a preferência da geração dos millennials por comida ‘de verdade’) para criar oportunidades de receita.” Tudo se trata de equilibrar os benefícios com eventuais custos de modo a criar uma estratégia sustentável. A Kellogg espera que essa estratégia permita que sua cadeia de suprimentos cumpra as promessas de reputação e mantenha-se atualizada quanto às demandas e desafios que surgirem pela frente.

Outra parte importante é a inclusão de capacitação, engenharia e parcerias público-privadas com o International Rice Research Institute, a empresa CDP de gestão de riscos ambientais e a organização sem fins lucrativos Sedex de cadeias de suprimentos responsáveis. De acordo com O’Marah, essas parcerias são fundamentais para desenvolver a agilidade necessária para sobreviver no mundo VUCA.

A agilidade é a resposta

Não sabemos para onde o mundo está indo ou qual será o próximo desafio; portanto, as cadeias de suprimentos precisam ser ágeis e estar prontas para reagir a essas mudanças. Considere a seguinte definição de “agilidade” da 14.ª edição do Dicionário APICS: “A capacidade de fabricar e comercializar com sucesso uma grande variedade de produtos e serviços de alta qualidade a baixos custos, com breves prazos de entrega e volumes variados, de forma a proporcionar mais valor aos clientes por meio de customização. A agilidade se funde com as quatro competências distintas de custo, qualidade, confiabilidade e flexibilidade”.

A APICS oferece recursos para ajudar você a desenvolver e manter uma cadeia de suprimentos ágil. Por exemplo, a Best of the Best S&OP Conference, que será realizada 16 e 17 de junho em Chicago, incluirá várias sessões para ajudar você a utilizar com eficiência previsão e planejamento de demanda, melhorar a colaboração em sua cadeia de suprimentos, gerenciar e mitigar riscos. Para obter mais informações ou se inscrever nesse evento, organizado em colaboração com o Institute of Business Forecasting & Planning, visite www.apics.org/best.




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