Jornais de notícias e especialistas em todos os lugares parecem estar promovendo a ruptura, dizendo que, se você não a está adotando, está destruindo a sua organização. Entretanto, em uma publicação recente no strategy + business, os autores Paul Leinwand e Cesare Mainardi afirmam que agir de uma maneira muito precipitada ou simplesmente não agir são as verdadeiras ameaças ao seu negócio.

 "Em um estudo recente sobre o impacto real da reviravolta competitiva, constatamos que o medo da ruptura é exagerado", eles escrevem. "As empresas que estão enfrentando a ruptura geralmente demoram mais para reagir do que o esperado, e já têm uma resposta eficaz disponível".

Por um lado, líderes empresariais que estão em pânico para combater a ruptura podem tomar decisões precipitadas e orientadas no curto prazo, que diluem os recursos da empresa. Por outro lado, o medo da ruptura pode fazer com que alguns líderes se escondam da mudança e receiem adotá-la.

"Em vez de deixar a ansiedade sobre a ruptura liderar a sua estratégia, concentre-se em fazer investimentos que possam construir uma identidade para a sua empresa que seja forte e resiliente diante da mudança", escrevem Leinwand e Mainardi.

Os autores estudaram o ritmo e o impacto da ruptura ao longo do tempo em diversos setores. (recomendo a leitura do texto integral do artigo para ver a ruptura total por setor). De modo geral, entretanto, os autores sugerem que inclusive os setores mais turbulentos e dependentes de avanços tecnológicos — software e serviços de Internet, serviços de TI e biotecnologia — não observaram importantes alterações no valor empresarial.

De modo geral, a pesquisa demonstrou que a taxa de ruptura em todos os 39 segmentos do setor estudado não está aumentando, e o ritmo da ruptura é, geralmente, muito mais lento do que o esperado. "Você não deve tentar ser mais rápido do que potenciais concorrentes surgidos do nada; você deve tentar ser melhor", eles escrevem. Isto significa analisar as vantagens existentes — suas capacidades, valor da marca e relações — e investir em seus pontos fortes. Através dessa pesquisa e publicação, os autores querem capacitar os líderes, recomendando que desacelerem e analisem os dados.

Capacitando o futuro da cadeia de suprimentos

No artigo, Leinwand e Mainardi usam o exemplo da Amazon e da capacidade especial de sua inovadora cadeia de suprimentos. Apesar de a cadeia de suprimentos da Amazon ter a máxima qualidade, não significa que líderes de outras cadeias de suprimentos não possam promover suas próprias inovações para combater a ruptura. Considere a definição de uma competência diferenciada no dicionário da APICS: "Uma vantagem sustentável que uma empresa tem em relação a seus concorrentes".

Uma das maneiras através das quais a APICS apoia o futuro da inovação de cadeias de suprimentos é através da Competição de Caso. Em colaboração com a Deloitte Consulting, a APICS convida equipes de estudantes para desenvolver e apresentas soluções para problemas desafiadores de gerenciamento de cadeia de suprimentos. As equipes competem por reconhecimento e prêmio em dinheiro. As inscrições para a Competição de Caso da APICS de 2017-2018 estão abertas. As candidaturas serão recebidas até 31 de outubro de 2017. Para saber mais, acesse www.apics.org/case-competition/about/apics-case-competition ou envie um e-mail para casecompetition@apics.org.